Nos recebe em um de seus “locais de serviço”, um apartamento no bairro de Chueca, que faz ocasionalmente de estúdio de gravação e quase de pensão improvisada para amigos e músicos. Em um canto, um vinil de Amar a trama (Warner Music), seu último disco. Jorge Drexler se emociona explicando de rimas e estruturas, como se fosse a primeira vez que a compõe.
O Jorge Drexler, como parece, puro linguagem? Nunca pensei que a linguagem fosse o centro do meu trabalho, em razão de eu sempre tenho visto mais como músico; entretanto é-o ainda mais. Nos meus primeiros discos, empregava o tempo em tentar encontrar um letrista que eu removesse a responsabilidade de ter que escrever os textos, pensava que o outro poderia fazer melhor. Era uma coisa que me cansava muito e encontrei que era difícil. Mas não terminavam de gustarme as músicas e, no final, acabei fazendo o que eu (risos). Escrevo letras pra mim e pra algumas pessoas, que é o que mais me chamam.
Quando aspiro narrar algo, uma maneira de entrar dentro da mensagem e de falar afeto, a título de exemplo, no caso do Chile, é escrevendo umas décimas. Isso eu aprendi com Sabina E que é o que mais adora publicar?
Escrevo versos e muitas décimas, que são como minha ferramenta de comunicação com o universo. Quando aspiro contar alguma coisa, uma maneira de entrar dentro da mensagem e de falar carinho, a título de exemplo, no caso do Chile, é escrevendo umas décimas. Isso eu aprendi com Joaquín Sabina, que responde a tudo com um soneto, ele foi quem me incentivou. Assim que eu tive que assimilar a infraestrutura, que é palindrómica ou especular. E isto nota-se no momento de relatar, tem uma lógica interna.
- A Primeira epístola aos coríntios
- halong, Vietnã
- oito Integra de Gêmeos
- A terra dos amigos das criancinhas. Fiji
- Disney Dream (2011)
- 2 Conselho de Segurança das Nações Unidas: a Resolução 1325
- 3 Realismo e inglaterra
Eu viajo no mundo da literatura como um amador, não possuo nenhuma criação sistemática por este significado. E por este mundo de tanta dica que me custa localizar uma pessoa no meu lugar com o qual se aprofundar sobre isso os tópicos. Eu estudei Medicina, e também música.
Tem tudo e pode não ter nada a olhar. A música é uma vibração sonora, uma linguagem abstrata que tem coisas em comum com a matemática, sobre o assunto tudo. Mas, por outro lado, é um jeito de vida e é uma percepção emocional do ambiente; a ciência é racional, e a música é uma coisa que não se explica, que se faz já que se sente. E isto que, pela ciência, as idéias às vezes vêm de móveis casuais, como o “eureka”. Você localiza que as pessoas lhe choca a infraestrutura de tuas músicas?
Sempre me perguntam a respeito do conteúdo, mas não pela maneira, como se a música fosse um carro que leva dentro o mais relevante, a mensagem. Quando, na realidade, o próprio conceito de amar mais a trama que o desfecho, amar mais o rumo que o encerramento, se você aplicá-lo à conexão entre maneira e assunto, é isso mesmo.